A hegemonia interna dos CIAM legitimou-se na disputa interna entre dois grupos de liderança, o grupo alemão e o francês. Além disso a insistência em alguns temas tidos como centrais nas discussões levantadas foram essenciais para a legitimação dessa hegemonia. Esses temas foram a habitação social e a cidade funcional. Outro importante fator que levou à consolidação da hegemonia foi a centralização da gestão interna dos Congressos em um comitê formado por Walter Gropius, Le Corbusier, Sigfried Giedion, José Luis Sert e Cornelius van Eesteren. Eles determinavam o rumo das discussões, fazendo enfraquecerem outros grupos que levantassem temas incompatíveis com seus interesses práticos.
(BARONE,2002)
As temáticas tratadas pelos CIAM iniciaram-se pelo estudo da célula mínima de habitação, passando pelos blocos – aglomerado de células – até se chegar as teorias sobre a cidade funcional. Tais discussões recuperam preocupações já existentes na Europa tendo em vista a chamada Deutcher Werkbund, criada em 1909, em que se estudava a produção arquitetônica de maneira mais econômica rápida e em grande escala, sem perda de qualidade projetual. Dessa forma, os CIAM passam a organizar exposições de projetos onde eram realizadas comparações em relação à modulação, aeração e ventilação dos apartamentos, suas fachadas e volumetrias, para as casa para padrões mínimos, o chamado existenzminimum. Tais exposições ganham tamanha importância que roubam as atenções dos CIAM em detrimento da discussão sobre a arquitetura moderna.
