terça-feira, 31 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
Aliada à crítica a elevada tecnologia, De Carlo em suas obras, procurou ampliar a possibilidade de participação das comunidades nos processos de tomada de decisão sobre a vida coletiva. Sua forma de trabalhar alia a participação do usuário no processo da obra à leitura do contexto urbano onde cada projeto se insere, ou seja, uma arquitetura que se fizesse através de um processo político.
Sobre tal processo político, PIZA (2002) coloca que:
“A participação, para De Carlo, é mais que um processo político: é também a construção de uma estética verdadeira, construída com a redescoberta do gosto verdadeiro das pessoas, em um processo dialógico que pouco a pouco depura os elementos estéticos impostos pela cultura de massa e traz à tona os reais valores da sociedade”
De Carlo, quando estudante, participou dos movimentos antifascistas Unitá Proletária e Voluntá, sendo contemporâneo, nesse período, do arquiteto Giuseppe Pagano que o influenciara na decisão de tornar-se um arquiteto. Pagano foi um dos arquitetos responsáveis pela introdução da arquitetura funcionalista de cunho social na Itália, além de ativista político da resistência.
Em relação ao exercício político do arquiteto, BARONE (2002) coloca que:
“As possibilidades do exercício político profissional através da arquitetura, vislumbradas no funcionalismo de Pagano, e os estudos que realizou sobre as obras de William Morris, em 1946, e Le Corbusier, em 1948, levaram De Carlo a buscar na arquitetura o campo profissional mais adequado para suas realizações”.
Sempre próximo do debate, a fim de aprimorar o seu entendimento sobre as condições da prática arquitetônica, desde o período estudantil, De Carlo juntamente com Ernesto Rogers participou do grupo editorial da revista Casabella Continuitá entre 1954 e 1956. A partir de então, passa a integrar como membro dos CIAM’s e, posteriormente, o Team X.
Sobre tal processo político, PIZA (2002) coloca que:
“A participação, para De Carlo, é mais que um processo político: é também a construção de uma estética verdadeira, construída com a redescoberta do gosto verdadeiro das pessoas, em um processo dialógico que pouco a pouco depura os elementos estéticos impostos pela cultura de massa e traz à tona os reais valores da sociedade”
De Carlo, quando estudante, participou dos movimentos antifascistas Unitá Proletária e Voluntá, sendo contemporâneo, nesse período, do arquiteto Giuseppe Pagano que o influenciara na decisão de tornar-se um arquiteto. Pagano foi um dos arquitetos responsáveis pela introdução da arquitetura funcionalista de cunho social na Itália, além de ativista político da resistência.
Em relação ao exercício político do arquiteto, BARONE (2002) coloca que:
“As possibilidades do exercício político profissional através da arquitetura, vislumbradas no funcionalismo de Pagano, e os estudos que realizou sobre as obras de William Morris, em 1946, e Le Corbusier, em 1948, levaram De Carlo a buscar na arquitetura o campo profissional mais adequado para suas realizações”.
Sempre próximo do debate, a fim de aprimorar o seu entendimento sobre as condições da prática arquitetônica, desde o período estudantil, De Carlo juntamente com Ernesto Rogers participou do grupo editorial da revista Casabella Continuitá entre 1954 e 1956. A partir de então, passa a integrar como membro dos CIAM’s e, posteriormente, o Team X.
quinta-feira, 19 de março de 2009
A busca por uma linguagem inspirada nas fontes da tradição da construção italiana acessível ao repertório cultural popular
A linguagem utilizada buscava sugerir um diálogo com o repertório cultural popular, criando formas condizentes com o contexto do entorno, inserindo o novo projeto entre as edificações antigas sem agredir a imagem do conjunto e sem afrontar os costumes tradicionais da comunidade. Ainda na entrevista citada, De Carlo coloca que:
“(...) eu não sou um restaurador, não acredito que o restauro exista. Projeto é transformação, por definição. Se tiro as manchas, talvez faça outras manchas ou talvez tire demais as manchas. O resultado é sempre uma transformação. Em todos os edifícios históricos sobre os quais trabalhei pensei sempre que deveria mudar, em um jogo muito sutil, porque devo conservar os seus valores. E os valores são não só estéticos, afinal representam um período da história, o trabalho humano. Os edifícios foram projetados pelos arquitetos, mas depois feitos pelos pedreiros. Desta forma, arquiteto e pedreiros fizeram juntos. É preciso recuperar estes valores que são coletivos, que representam as pessoas. Não é sempre, mas em alguns casos, demolir é perder um pedaço da história. História de verdade, não a que está nos livros, mas a história dos seres humanos, que se reconhecem e falam das coisas. E este é já um processo de participação (...)”
“(...) eu não sou um restaurador, não acredito que o restauro exista. Projeto é transformação, por definição. Se tiro as manchas, talvez faça outras manchas ou talvez tire demais as manchas. O resultado é sempre uma transformação. Em todos os edifícios históricos sobre os quais trabalhei pensei sempre que deveria mudar, em um jogo muito sutil, porque devo conservar os seus valores. E os valores são não só estéticos, afinal representam um período da história, o trabalho humano. Os edifícios foram projetados pelos arquitetos, mas depois feitos pelos pedreiros. Desta forma, arquiteto e pedreiros fizeram juntos. É preciso recuperar estes valores que são coletivos, que representam as pessoas. Não é sempre, mas em alguns casos, demolir é perder um pedaço da história. História de verdade, não a que está nos livros, mas a história dos seres humanos, que se reconhecem e falam das coisas. E este é já um processo de participação (...)”
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