Em 1952 Ernesto Nathan Rogers indica o arquiteto Giancarlo De Carlo para integrar o grupo italiano nos CIAM’s. Dentre os discursos em torno da tradição e da modernidade, segundo BARONE (2002):
“Giancarlo De Carlo entrava nessa discussão com uma reflexão própria. Não se preocupava com a forma em si, enquanto ícone, tal como na Torre Velasca de Rogers, nem com a alusão à monumentalidade através da utilização de um léxico proveniente do repertório formal historicamente dado, como na leitura de Aldo Rossi. Para De Carlo interessa a adaptação das formas, concebidas por critérios racionais a contextos locais, onde os padrões de composição dialogam com tradições populares arraigadas, que são a expressão da sua percepção do espaço.”
De Carlo, como nenhum outro arquiteto do Team 10, deu elevado valor ao caráter político da arquitetura. Sua obra prática esteve sempre muito ligada às análises q fez da conjuntura na qual se inseria a produção arquitetônica de seu tempo e essas análises refletiam em sua produção prática. Um dos elementos mais marcantes de sua obra é que à excelência técnica se soma uma visão humanista profunda, que coloca a técnica a serviço do homem, antes de tudo, percebendo-se certa crítica ao uso abusivo da alta tecnologia. Segundo entrevista realizada por João Piza, no dia 1 de agosto de 2002, no estúdio de Giancarlo De Carlo, em Milão, e disponibilizada no Portal Vitruvius em novembro de 2007, o arquiteto coloca que:
“(...) a tecnologia deve ser compreensível para ser humana, ou sai de controle, e podem usá-la contra você. Hoje se pode ver muito bem isso com a informação, que pode manipular à vontade, pois é feita a partir de uma alta tecnologia secreta, só conhecida por quem trabalha com ela, de modo que ninguém pode realmente participar (...)”
domingo, 5 de julho de 2009
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